Expectativas gerais para 2019!
O ano de 2019 promete! Se todas as expectativas se confirmarem, ou pelo menos, algumas, é possível que todos os brasileiros, de alguma forma, possam se beneficiar!
O novo governo, até o momento, parece estar se preparando para tocar algumas reformas que são fundamentais para o Brasil.
Dentre elas temos a reforma previdenciária, e a reforma tributária. Das duas, com certeza, a reforma tributária é a mais complexa. Isso exige que o governo federal tenha o carisma e simpatia de boa parte das prefeituras, estados e claro, do congresso.
A reforma previdenciária por outro lado, é tecnicamente, a reformas mais esperada. De certo modo, o mercado já está na expectativa que o novo governo, consiga ao menos, passar alguma reforma (mesmo que pequena).
Essas reformas poderiam reduzir os gastos públicos com a previdência, e desse modo, o déficit recorrente do governo federal, pode se tornar superávit.
Sem falar que os gastos futuros com a previdência, vão sofrer uma redução substancial. Portanto, a reforma previdenciária com certeza é importante.
Posteriormente a reforma tributária também pode trazer benefícios no curto, médio e longo prazo. Porém os assuntos e tema relacionados a tal reforma ainda são “nebulosos”
Tributação de dividendos
Matéria da Folha de São Paulo referente 24/07/2018
Uma das coisas que pode influenciar bastante nos investimentos das pessoas, é a tributação sobre os dividendos.
Para falar a verdade, isso não vai somente influenciar na vida dos investidores, mas de todas as pessoas.
O novo governo já vem cogitando essa possibilidade de olho nas receitas que tal tributação poderia trazer aos cofres públicos.
Sem falar que a tributação de dividendos poderia ajudar as contas do governo, sem prejudicar a relação com a população em geral.
Mas e para os investidores como fica a situação? Bom, acredito que ao passar tal tributação as empresas poderão reduzir as suas distribuições.
Ai invés de pagar dividendos, podemos ver mais empresas aderindo ao juro sobre capital próprio. Quem sabe, ao aumento de salários e pró-labores.
Sem falar no valor de mercado das empresas (ou de grande parte)! Com a tributação sobre os dividendos, acredito que haverá volatilidade no mercado.
Se uma empresa tem por costume distribuir algo em torno de 5% ao ano (valor de mercado), é possível que a distribuição, agora, sofra uma redução devido a tributação.
Portanto, uma desvalorização momentânea das ações não seria algo difícil de ver. Essa redução, em minha opinião, não seria algo preocupante, uma vez, que tal volatilidade seria gerada por um fato que não compromete os negócios das empresas, mas sim, parte dos seus dividendos.
É natural que o mercado tenha uma reação negativa a essa prática (aumentar os tributos), mas por outro lado, acredito que essa tributação tem mais a nos beneficiar do que nos prejudicar.
Ações para 2019
Uma boa forma de se manter posicionado na bolsa de valores e por meio dos ETF.
O BOVA11 é uma excelente alternativa. Ao invés de comprar várias ações ou se manter posicionada em somente uma, o investidor pode recorrer aos ETF.
Ainda existem os fundos de ações também, mas esses fundos muitas vezes podem conter carteiras diferentes do índice.
Observando isso, acredito que os ETF são a forma mais interessante para se manter com um pé na bolsa.
Querendo ou não, os ETF possuem uma gestão passiva da carteira, se mantendo, praticamente fiel ao índice de referência.
Resumindo; quer manter parte do seu patrimônio alocado em bolsa? Comece pelo ETF! Dê preferencia no BOVA11.
FII para 2019
Para os fundos imobiliários, infelizmente nos temos ETF, e nenhum fundo de investimento focado em FII. O que nos sobra é escolher FII que sejam bem diversificados.
Nesse caso temos alguns, eles são;
- KNCR11
- FEXC11
- KNIP11
- VRTA11
Esses primeiros 4 FII possuem “pouca” volatilidade (com relação as cotas no mercado) sem falar que as cotas de mercado e as patrimoniais, possuem pouca diferença.
O interessante desses papéis é a pouca volatilidade aliado a boas distribuições. Porém, se o mercado imobiliário se valorizar muito em 2019, é possível que o investidor dessas cotas não tenha a valorização semelhante à média do mercado, observando isso, você poderia focar de olho em outros FII, como;
- BCFF11
- BPFF11
- FIXX11
- BCIA11
Esses fundos são os fundos de fundos. Investido em um FII assim, você estará alocado em vários outros fundos.
Desde ativos que investem só em títulos lastreados em FII, até os próprios FII que investem em imóveis (tijolo).
Assim, é possível se beneficiar de uma eventual valorização do mercado de imóveis. Ainda existem outros FII que podem ser alvo de investimento. Esses outros que vou citar agora, são FII que investem em diferentes empreendimentos, alugados para as mais diferentes empresas, segue;
- BRCR11
- HGRE11
- KNRI11
- VISC11
Eu inclusive coloquei, por último, um fundo que investe predominantemente em shopping centres. Se a recuperação for mais rápida e melhor em 2019, é possível que esse setor (comércio) registe uma boa valorização!
Renda fixa para 2019?
Mantenha uma carteira diversificada. Uma porcentagem menor em papéis prefixados, sendo que os títulos atrelados a inflação mais taxa de juro, podem ocupar um espaço maior.
Papéis com rendimento atrelado ao DI e com liquidez diária podem ocupar um espaço maior também.
Contar com liquidez, nesses momentos em que não sabemos se as coisas vão da certo, é importante. Desse modo, é possível realizar alocações mais rápidas, aproveitando momentos oportunos.
As letras do Tesouro Direto são ótimas alternativas. No programa de investimento do governo federal, você encontrará papéis como o Tesouro Selic, Tesouro IPCA e os prefixados.
Carteira, como fazer?
Tecnicamente, o Brasil está caminhando na direção da bolsa atualmente. A renda fixa vem perdendo espaço. Um dos motivos para isso, é a pequena taxa de juro.
Portanto, é comum ver pessoas indicando fortemente a compra de ações (o que não vejo problemas). Porém, ainda hoje, a renda fixa no Brasil oferece oportunidades excelentes.
Penso que isso não vai mudar de uma hora para outro. Sendo assim, acredito que uma carteira com 90% em renda fixa e 10% em ações, pode ser uma boa, principalmente para os investidores que estão iniciando no mundo dos investimentos!
Lembrando que no mundo dos investimentos existem vários riscos e eles não podem se negligenciados. Então estude bastante antes de começar a investir! Nesse blog, você ira encontrar muitas informações relevantes sobre o mercado e seus ativos, não deixa de pesquisar!
Julia Couto
Será mesmo que todos vão se beneficiar da reforma da previdência? Porque as classes mais altas sempre ficam de fora da reforma? OK, a proposta era pensar na reforma para esses grupo posteriormente, mas pq ainda não se fala nada disso?
oliver
Boa tarde Julia! Tudo bom? Sim, eu acredito que todos podem se beneficiar. O que você levanta também deve ser considerado, com relação a elite. Acredito, que todos vão sofrer com as alterações da previdência. Sim, haverá alguns setores que não vão passar por uma reforma mais agressiva, como a área militar, talvez a classe politica também não, enfim, sempre haverá áreas onde a correção ou o corte não vão ocorrer. Porém, em minha opinião, se isso não for feito agora, os mais necessitados, podem sofrer ainda mais no futuro. Os benefícios de uma reforma previdenciária não seriam sentidos na hora. Acredito que tais benefícios viriam por meio do controle dos gastos públicos, manutenção da inflação no centro da meta (ou até abaixo), manutenção do juro no atual patamar, ou próximo, e aí sim, crescimento dos investimentos dentro do Brasil, e redução do desemprego. Tudo isso vai mesmo acontecer? Não sei lhe dizer. Em minha opinião, faz sentido pensar dessa forma. Porque ao aplicar o corte de gastos em nossas próprias vidas, e manutenção de um padrão de vida menor, é possível fazer dinheiro sobrar e assim, começar a investir, ou coisa do gênero.
Alice Rodrigues
Oliver, acredito que a indagação aqui fique no sentido de que os cortes ocorrerem sempre no que tange a uma única parcela da população. Mesmo no cenário em que se faz necessário o ajuste das contas, continuamos inflando os gastos com políticos, por exemplos. Se continuarmos assim, teremos que reduzir benefícios do cidadão comum a zero para manter as contas sempre equilibradas num longo prazo. Ressaltando ainda que a máquina pública, na minha opinião, já é muito grande. Nesse sentido, eu me questiono a respeito da responsabilidade das pessoas em relação a esses ajustes e reformas. Falta-nos um pouco de empatia? Será que realmente adotar essas medidas é caminho mais correto? Ou sempre acharemos que é normal a elite permanecer inacessível aos ajustes enquanto as classes mais baixas precisam arcar com os sacrifícios em prol de todos?
oliver
Boa tarde Alice, tudo bem? Compreendo, na realidade esse questionamento vai muito além dos políticos, estado, ou até mesmo das contas publicas. Alice, esse tema, sobre prioridades, ou a empatia sobre temas como previdência, direitos trabalhistas, e até politicas sociais, de inclusão, saúde e segurança, acabam tendo uma penetração rasa na população média. De certa forma, as medidas que são tomadas pelo governo federal, acabam sendo pouco estudadas e analisadas pelas pessoas em geral. A minha esperança, é que esse tipo de coisa, comece a mudar agora (com esse novo governo). Mas tudo isso, só vamos ver a partir de 2019. Espero que minhas esperanças e expectativas sejam correspondidas até lá.
Frank M.
Todos podem se beneficiar, você quis dizer: todo do mercado financeiro, né?
oliver
Boa trade Frank! Tudo bom? O mercado financeiro pode se beneficiar, como todas as outras pessoas, e setores. Politicas de controle de gastos, em minha opinião, podem nos beneficiar no médio a longo prazo. Essas reformas podem funcionar como um efeito domino sobre a economia. Redução de gastos (ou expectativas de gastos) pode ser convertido em mais investimentos e menos desemprego. Não de forma direta, mas o controle de gastos pode atrair mais investidores que gostariam de empreender no Brasil, por exemplo. O Brasil passará mais confiança aos investidores.
Matheus
pelo menos a reforma da previdência tem que passar, caso contrário estaremos fritos.
oliver
Boa tarde Matheus, tudo bom? Concordo com você! =)
Leo Machado
quais são os fatores que vão beneficiar o mercado imobiliário?
oliver
Boa tarde Leo, tudo bom? Então, de forma direta, os benefícios não existirão, ou serão extremamente limitados. Mas analisando o contexto como um todo, os benefícios estão vinculados a captação de mais investidores estrangeiros, e até internos. Com a redução das expectativas com gastos previdenciários no futuro, o Brasil estará com as contas públicas mais bem controladas, ou pelo menos, um orçamento mais enxuto correto? O investidor estrangeiro tambem análise se o pais que possui os ativos, está bem das “pernas”. Se o Brasil realizar essas reformas, as expectativas são de crescimentos dos investimentos, e assim, mais demanda por produtos financeiros, como os FII, e até os próprios imoveis. Então, em minha opinião, acredito que o mercado nacional, como um todo, tem como se beneficiar da reforma previdenciária.
Leo Machado
Não acredito que o mercado vá absorver essas alterações assim tão rápido. Estou mais inclinado a uma ideia pessimista como a do Alexandre Schwartsman. Como ele disse: não sei se o mercado é ingênuo ou cínico.
oliver
Compreendo Leo, os impactos sobre a economia não vão acontecer de forma rápida e direta (caso a reforma da previdenciária passar), mas o mercado (até onde eu compreendo) acaba se movimentando antes da efetivação dos fatos. Ou seja, existe a expectativa, então o mercado (ou os investidores) acabam se movimentando e vão comprando Brasil, por exemplo. É essa métrica que estou utilizando. Mas o negócio e acompanhar de perto o mercado e ver no que vai dar.
ruty alves
Boa leitura. Obrigada pelo artigo.
oliver
Boa tarde Ruty! Tudo bom? Obrigado pelo feed!
May
Boa noite…
Gostaria de saber sua visão em relação as expectativas da economia ( bolsa de valores) com ao plano de governo de Jair Bolsonaro.
Obrigada
oliver
Bom dia May! Tudo bom? Então, vou focar a resposta somente no que tenho conhecimento. Através do site (jornal) Valor Econômico, acompanho diversas sondagens do que poderia vir para 2019 a respeito da economia. Dentre essas especulações eu vi algo sobre um tributo único, que seria retido nas movimentações bancárias de todos (pessoa jurídica e física, pelo o que eu compreendi) e com esse tributo, o governo iria isentar as empresas de PIS, COFINS e IPI. O que eu acho sobre? Olha, de certa forma é interessante, a alíquota do imposto estava em algo em torno do 1%, o que pode ser alto para empresas e pessoas físicas, porém com a redução drástica dos impostos, eu acredito que “dentro de um período”, a concorrência entre as empresas poderia vir a derrubar os preços, oferecendo a compensação por essa carga tributaria diluída para todos. Por se tratar de algo retido, a questão de sonegação, poderia ser reduzida também. Com relação a imposto de renda, a declaração para pessoa física; eu acho que aumentar a margem de isenção é fantástico, e vai dar um gás para a classe média (sofrida). Tributar distribuição de lucros e dividendos, também é uma boa. O governo poderia arrecadar mais e assim, transformar o deficit em superavit abatendo a dívida. Com relação as privatizações, eu também sou a favor. Mas lógico, deve ser feito com o máximo de responsabilidade, observando os valores das vendas e utilizando o capital para amortizar a dívida, reduzindo o peso da mesma sobre o nosso orçamento. Em minha opinião, essas alterações, poderiam beneficiar de forma indireta o mercado.