Análise fundamentalista Brazil Foods [BRFS3]
![Análise fundamentalista Brazil Foods [BRFS3]](https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/b6/Logo_BRF.gif)
Atuação
A BRF S.A. é atualmente uma das líderes mundiais do setor alimentício (principalmente de corte bovino), contendo mais de 30 marcas em seu portfólio, que inclui as gigantes Sadia, Perdigão e Qualy. Seus produtos são exportados para mais de 150 países dos cinco continentes.
A BRF (fruto da fusão entre Sadia e Perdigão) conta com mais de 13 mil produtores, 30 mil fornecedores, 100 mil funcionários (distribuídos entre as mais de 50 fábricas na Argentina, no Brasil, nos Emirados Árabes Unidos, na Holanda, na Malásia, no Reino Unido, na Tailândia e na Turquia) trabalhando para atender a mais de 250 mil clientes.
Correlações
Arábia Saudita declara embargo a 56% das unidades exportadoras de carne no setor de aves.
Após longa reunião no Ministério da Agricultura, diretores da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) confirmaram que 33 das 58 unidades habilitadas para a exportação de carne de frango foram descredenciadas. Dentre elas estão as cinco gigantes que representavam 30% do volume que é vendido ao principal consumidor internacional (Arábia Saudita).
De acordo com a entidade, na lista divulgada pelas autorizadas sauditas constam unidades das produtoras Brasil Foods e JBS.
Segundo divulgação oficial, as restrições envolvem apenas uma fábrica da BRF, localizada em Lajeado (RS) e estimou que a perda líquida no período de três meses (prazo meta para reestabelecimento do fornecimento internacional) não ultrapassaria os R$45.000.000,00.
Ainda que a notícia tenha gerado queda de 5% nos papéis da empresa, a BRF informou que a perda estimada é de apenas 0,1% do faturamento líquido da empresa nos 12 meses encerrados em setembro.
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Índices
Para avaliar se uma empresa é ou não interessante para investimentos no longo prazo, a RS sempre faz uma análise cautelosa e crítica de diversos índices fundamentalistas, determinando limites bem específicos para garantir que o ativo escolhido é o mais indicado para o momento.
Após selecionar os ativos mais indicados quando se trata de cenário macroeconômico juntamente aos fatores interessantes, os seguintes índices são avaliados:
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P/VPA (Preço/Valor patrimonial dividido por ação)
O VPA é um indicador baseado no valor patrimonial dividido pelo número de ações emitidas pela empresa, que é utilizado para descobrir a real quantidade financeira da empresa que o investidor está adquirindo ao investir em uma ação da empresa.
O P/VPA da Brazil Foods está na casa dos 2,28. Isto indica um ativo sobrecomprado e que gera desvantagem para o acionista mesmo se tratando de um papel de primeira linha.
Preço/Lucro
O P/L de um ativo é calculado dividindo a cotação da ação pelo lucro por ação, atingindo assim o valor que indica o retorno esperado por ação durante o ano.
O P/L de BRF é de -5,93. Este índice estar abaixo de zero indica que a empresa (surpreendentemente pelo porte) opera com prejuízo superior a R$4,00 por ação.
ROE (Lucro líquido dividido pelo patrimônio líquido)
O ROE é um indicador fundamentalista baseado na divisão do lucro líquido pelo patrimônio líquido da empresa. Destinado normalmente à avaliação do potencial de crescimento de uma empresa, o ROE é determinante na avaliação de um papel que passa por processo de seleção para investimentos.
O ROE da empresa está extremamente decepcionante, mas abre boas expectativas para quem deseja operar vendido a descoberto ou comprado em opções PUT. O nível de -38% é extremamente danoso à empresa e demonstra possíveis problemas no médio/longo prazo.
ROIC (Retorno sobre capital total aplicado)
O ROIC é um indicador de aproveitamento do capital aplicado. Calculado dividindo o retorno sobre o capital aplicado, o ROIC permite estipular uma meta de crescimento baseando-se na qualidade da gestão do capital aplicado.
O ROIC da empresa, em oposição ao ROE, não passa dos -1%, portanto é um ponto negativo por estar abaixo de zero, mas neutro por estar entre -1 e 8%.
Margem EBIT (Porcentagem de cada R$1,00 de venda que sobrou após o pagamento dos custos do produto/serviço vendido, das despesas com vendas, gerais e administrativas).
A Margem EBIT indica a porcentagem de cada R$1,00 de venda que sobra após o pagamento de todos os custos (incluindo os administrativos). É um indicador fundamental para determinar o lucro líquido e aproveitamento sobre as vendas/prestação de serviço, permitindo uma boa observação do quão bem planejada é a gestão de recursos e gastos.
A margem EBIT acompanha o ROIC e se mantém levemente abaixo de zero. Portanto novamente ponto negativo para a empresa.
Margem Líquida (Lucro líquido dividido pela receita líquida)
A Margem Líquida é um índice tão simples quanto fundamental na avaliação de rentabilidade da empresa. Dividindo o lucro líquido pela receita líquida, chegamos à M.L., que atua também como um bom indicador de aproveitamento das vendas.
A margem líquida volta a tender para o lado extremamente pessimista e se aproxima dos -10%. Este ponto negativo nos dá a confirmação de que a empresa não tem condições de se manter em atividade sem que haja uma reforma interna nas operações.
Dívida Bruta por patrimônio (Dívida bruta total dividida pelo patrimônio líquido)
A Dívida Bruta por patrimônio líquido indica a parcela do patrimônio líquido que representa o valor financeiro das dívidas brutas honráveis tanto no LP como no CP, atuando como um bom indicador de quão estável é uma empresa através do cálculo entre dívidas e patrimônio disponível.
A dívida bruta do ativo é duas vezes e meia maior do que o próprio patrimônio líquido da empresa e isto demonstra uma má gestão de custos e empréstimos. Portanto novamente ponto negativo para a empresa.
Liquidez corrente (Ativo circulante dividido por passivo circulante, indica capacidade de pagamento no curto prazo).
A liquidez corrente é um indicador fundamental durante uma análise fundamentalista de um ativo por demonstrar se uma empresa tem capacidade de honrar com as dívidas no curto prazo e com qual facilidade.
A liquidez corrente do ativo, apesar de baixa, ainda sim demonstra que a empresa pode honrar com as dívidas do curto prazo (mas perderia sua estabilidade financeira). Por estar abaixo de dois, este indicador recebe um ponto negativo.
Variação nos últimos cinco anos
Uma variação positiva nos últimos cinco anos indica estabilidade interna na empresa mesmo em meio às crises e conflitos durante esses períodos.
Ainda que tenha uma variação positiva nos últimos cinco anos, a empresa passou por diversos períodos conflituosos (como a Operação Carne Fraca) e isto demonstra um futuro turbulento.
Dividendos
Os dividendos são uma espécie de bonificação dada pela empresa ao investidor que confiou seu capital à mesma. Normalmente entregues semestralmente, os dividendos são uma forma a mais para o investidor ter um lucro extra relativamente expressivo durante um investimento sem ter que negociar diretamente. Porém, normalmente antes de entregar os dividendos, os papéis entram em Ex. e têm seu valor de mercado reduzido na mesma proporção do pagamento dos dividendos, e cabe ao mercado fazer a cotação tornar “às médias”.
Por operar no prejuízo, a empresa não paga dividendos aos acionistas.
Fórmula de Graham
A fórmula de Graham (grande nome do mercado americano e famoso por escrever livros recomendados por Warren Buffet) constitui na tentativa de achar o valor real de um ativo. Através dela especulamos quanto pode se pagar por cada ação sem “dar dinheiro de grátis” para os majoritários. A fórmula tem taxa de acerto alta e precisão métrica.
De acordo com a fórmula de Graham, é impossível determinar um valor real para o ativo, uma vez que o mesmo não tem fundamentos mínimos para se manter em operação no longo prazo.
RFE (Retorno Futuro Esperado)
O retorno futuro esperado é um cálculo aritmético baseado no histórico de longo prazo da empresa. Através dele tentamos calcular a taxa média de crescimento nos lucros da empresa por cada ano que se passar.
O Retorno Futuro Esperado de BRFS3 é de –R$0,84. Por ser negativo e representar 25% de aumento no prejuízo anual, este é um fator decisivo para consagrar o ativo como “tendência para venda”.
Índice de Risco (Beta)
O índice BETA é a tentativa de demonstrar o quão agressivo é um ativo baseando-se no histórico de oscilação do ativo individual e do mercado financeiro em que é negociado.
O índice de risco do ativo indica que ele tende a oscilar duas vezes menos que o IBOVESPA, tornando-se conservador.
Conclusão
Valores e prazo
Após a avaliação da empresa e seus índices, a RS Investimentos conclui que BRFS3 compreende um papel interessante para avaliação na hora de investir, podendo até mesmo gerar uma entrada a mercado visando o prazo de cinco anos ou atingir o valor real (calculado através da fórmula de Graham).
Fontes: Fundamentus e RI Brazil Foods
Gabriel Melo
write onporque tá caindo tão forte hoje?
Tubarao
write onhttps://www.em.com.br/app/noticia/economia/2019/02/07/internas_economia,1028629/parente-brf-nao-bateu-meta-de-r-5-bi-com-vendas-por-percalcos-na-arg.shtml
Pablo Xavier
write onCilada!!!!
Amanda Fiuza
write onO que essa queda aí que começou terça e tá indo forte?
RS Investimentos
write onAlém dos fundamentos horríveis, já haviam rumores de maus resultados para a empresa.
Brian Moreira
write onImagina se não tivesse dado aquele boom pra cima. A essa hora estaria valendo 20 reais.
João Ponce
write onPode esperar uns 6 meses pra recuperar essas perdas
Carlos Prates
write onEssa ação é uma belíssima cretina. Dei sorte e consegui sair no zero a zero.
Bruno
write onMeu sonho sair no 0 x 0. Paguei 32 nessa porcaria, nunca vou recuperar meus talkeis.
Vladimir Marinho
write onPqp! Pensei em sair terça que ainda tava em 25,25. Comi mosca. Agora só ano que vem
RS Investimentos
write onInfelizmente a empresa não tem bons fundamentos, principalmente no longo prazo.