Rumo (RAIL3) – top pick no setor de logística
O Banco BTG Pactual elegeu as ações da Rumo (RAIL3) como top pick no setor de logística. Segundo relatório divulgado aos clientes do BTG, o destaque em relação à Rumo ficou para a alta de mais de 16% no indicador RTK (Revenue Ton Kilometer, que somou R$ 4,8 bilhões. Segundo relatório A boa performance foi impulsionada pelas operações no Norte com aumento de 20% nos volumes.
Ademais, os volumes de novembro e dezembro do ano passado foram superiores aos resultados esperados pelo mercado indicando que o relatório do quarto trimestre pode trazer novidades positivas. Para os analistas do BTG, o EBITDA do quarto trimestre de 2018 pode apresentar expansão de mais de 15% na comparação com o mesmo período de 2017. Dessa forma, a expansão pode superar a faixa de guidance para 2018 definida pela Rumo entre R$ 3,05 bilhões e R$ 3,25 bilhões.
Nesse cenário o BTG Pactual, espera além de resultados melhores no 4T18, outros resultados positivos no curto prazo, incluindo melhores resultados no primeiro trimestre deste ano, em reflexo de uma colheita de soja iniciada mais cedo; melhores resultados também no segundo trimestres, em decorrência da base de comparação mais fraca do ano de 2017; guidance construtivo para 2018, renovação da concessão da Malha Paulista; entre outras.
A empresa
A Rumo, surgiu da fusão entre Rumo e ALL realizada em 2016, é hoje a maior operadora de logística com suporte ferroviário independente da América Latina, sendo que sua rede ferroviária compreende uma área responsável por aproximadamente de 80% do PIB e onde estão localizados quatro dos portos mais ativos do Brasil.
No total são quase 12 mil quilômetros de malha ferroviária, mil locomotivas e 25 mil vagões.
A principal área de atuação da Rumo se estende sobre os Estados de Mato Grosso e São Paulo e os estados da região Sul, oferecendo um conjunto completo de serviços de logística com operações de transporte intermodal door-to-door (“entrega porta a porta” em tradução mais clara) doméstica e internacional, carregamento e entrega local, terminal portuário, além de serviços de armazenagem incluindo inventário e gestão de centros de distribuição.
Com uma completa base de ativos, a Rumo (RAIL3) oferece serviços de transporte em para diversos setores do mercado, incluindo: soja; milho; açúcar; produtos derivados da cana; combustível; materiais de construção; papel e celulose; produtos siderúrgicos; produtos químicos; petroquímicos; produtor elétricos e eletrônicos; peças automotivas; e matérias de embalagens e bebidas.
Projeções dos analistas
Em relação ao volume transportado pela Rumo neste ano, as perspectivas são animadoras. As safras de milho e soja, principais produtos escoados pela Rumo, segundo dados da CONAB, devem apresentar crescimento na safra 18/19.
Além disso, a demanda proveniente da china deve se manter em ritmo acelerado ao longo deste ano o que impulsiona as exportações brasileiras e também os produtos transportados pela Rumo.
Outro fator positivo, é a aprovação da medida provisória que tabela preços de fretes rodoviários, tornando os preços da Rumo mais competitivos.
No que tange aos resultados, tomando como base os resultados do terceiro trimestre do ano passado, o crescimento da receita da empresa foi bastante distribuído entre diversos campos de atuação, destacando-se principalmente o transporte de soja
O controle de custos possibilitou a ampliação de todas as margens, gerando expansão significante ao lucro.
No que se refere aos termos operacionais, a empresa mantém foco em ampliar sua participação no mercado, sobretudo no porto de Santos (SP), Paranaguá (PR) e São Francisco do Sul (SC), principais portos de escoamento de grãos para exportação.
Vale destacar ainda que no terceiro trimestre do ano passado a redução da dívida líquida e, por conseguinte, dos custos financeiros trouxeram novo fôlego para saúde financeira da Rumo, dando maior alívio para os resultados trimestrais.
Conclusão
No terceiro trimestre do ano passado a Rumo apresentou resultados bastante positivos marcados, sobretudo, pelo aumento das receitas e maior controle de custos. Além disso, a redução da dívida líquida gerou melhores resultados nos custos financeiros dando novo ar à saúde financeira da empresa.
Já nas prévias dos resultados dos últimos dois meses do ano passado (quarto trimestre) é possível perceber que alguns resultados ficaram acima dos que era esperado pelo mercado.
Os volumes, que superaram as expectativas, podem gerar um aumento de 15% no EBITDA da empresa na comparação entre o quarto trimestre do ano passado e mesmo trimestre de 2017.
No entanto, o destaque do período ficou para a alta de mais de 16% do indicador RTK (Revenue Ton Kilometer) apurado pela empresa segundo o BTG Pactual.
Somando o bom desempenho da Rumo no terceiro trimestre dos anos passados às melhores projeções para o quarto trimestre, as expectativas para os próximos trimestre são melhores.
Além disso, outros fatores como melhor safra de soja e milho no período 2018/2019 e demanda consistente dos chineses pelos grãos brasileiros dão ainda maior suporte para projeções positivas.
Nesse cenário, a expetativa para os papéis da Rumo S.A. (RAIL3) é de alta no longo prazo.
Jack Elis
Boa análise, Gabriele. Parabéns!
Ricardo Oan
São inúmeros os fatores que garantem incentivo a adoção massiva de transportes ferroviários e marítimos, incluindo constatação de maio segurança, greves de caminhoneiros, preços de combustíveis, sustentabilidade…
Quando tudo isso for levado em conta rumo vai pra lua.
Paulo Henrique
O ministro da infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, anunciou concessão de de três ferrovias até 2020.
Rogério Corrêa
Sim. O plano de retomada do transporte ferroviário do governo deve trazer muitos benefícios e a Rumo, maior do setor c certeza vai sair ganhando
Luiz Paulo
Quanto maior maior o tráfego de caminhões pesados > maior é o desgaste da estrada > maiores são os gastos com consertos e manutenção dos caminhões > mais caros os fretes > mais caros os produtos. Só de pensar nessa relação toda, os transportes ferroviários já deveriam ser melhor analisados.
Augusto Bonanza
Concordo com Luiz Paulo. Mas tambem precisamos levar em conta o preço de construção de novas ferrovias e depois diluir os custos pelo anos. Ainda assim acredito que compensa pela durabilidade de ferrovia. Mas os cálculos são mais complexos e nem sempre a solução que leva ao melhor ponto é a mais fácil de ser atingida.
T. Bernard
Cara, o problema é a falta de financiamento e talvez problemas com a classe dos caminhoneiros. Porque com certeza é mais rentável. Além dos fatores que vocês citaram, ainda teria cortes com pessoal, (uma vez que cada caminhamos precisa de um motorista) e depreciação da frota, que no caso de caminhão é mais rápida.